Kalunga insere-se no percurso bibliográfico de Manuel Rui. Trata-se de uma obra da maior relevância pós-colonial, melhor, assume um definitivo caráter descolonial, quando consegue reunir os dois lados do Atlântico (Kalunga), tecendo os pontos de contacto e mestiçagem cultural entre todos os que sulcaram esse oceano, escravos ou livres, agentes permanentes de novas realidades. A vida do africano, o seu pensamento filosófico prático e poético, o culto dedicado aos ancestrais, a cultura de simplicidade e afastada da ganância, a música e dança omnipresentes, a inteligência rápida e eficaz, uma organização social integrada e solidária, grande parte disso tudo foi roubado pelos invasores (que se achavam “achadores”) (p. 164) e traficantes que caçaram e transportaram os africanos para o Brasil e América, nas naus repletas de escravos: “o povo vê na caravela a invasão dos portugueses e a escravatura” – diz o soba Lukamba (p. 198)
Categoria | Publicadora | Nº Páginas | ISBN | Dimensão | Ano de Publicação |
Romance | Mayamba | 301 | 978-989-761-305-0 | 13, 5 x 21 cm |
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