Estas reflexões alinhadas pelo Rui Santos transpiram inquietações sobre o caminho que a economia global está a seguir, mas, muito mais, sobre o caminho de Angola. Admira-se a coragem do autor que é capaz de pôr no presente trabalho reflexões sobre a crise e a economia, quando tantos “especialistas” já o fizeram sem que se veja qualquer inflexão no percurso que estamos a seguir.
Algumas ideias-base interessantes discorridas nesta abordagem são a questão do emprego, da estabilidade social e da democracia. O autor faz ligação do emprego à educação dizendo que o emprego que vale para um país será o bem remunerado, o que implica gente formada e educada, capaz de produzir ou acrescentar valor que justifique a sua remuneração, e subsequentemente, à distribuição da riqueza em cada sociedade. Esta distribuição deve incluir as gerações futuras através da poupança e não do esbanjamento pelas classes no poder.
Recomenda-se vivamente a leitura desta obra à pessoas com mentes abertas à reflexões sociais e interessada em questões económicas.