A medida que fui lendo o texto, crescia a minha curiosidade de historiadora, interessada no que as memórias pessoais possam trazer à nossa memória colectiva e, também, nas novas pistas que se oferecem à investigação histórica. Mas mesmo sem esse interesse profissional, as Notas Soltas do nosso actual Embaixador na China mantêm todo o valor do testemunho directo e são bem elucidativas sobre a sua posição perante a vida, a política e as relações humanas.
Garcia Bires deixa aqui um contributo muito pessoal, mas, simultaneamente, muito revelador do esforço colectivo que permitiu chegar àquele 11 de Novembro de 1975, em que se proclamou “perante a África e o Mundo” a independência de um novo país.