O General Miguel Júnior chama a atenção para um aspecto particular e original da estratégia total da África do Sul: a criação de um arsenal nuclear limitado. Na altura, tratava-se de um “segredo”, muito cedo detectado pela URSS, EUA e outros poderosos. O pensamento sul-africano neste campo era directamnete inspirado pela teoria da França quanto ao uso do dissuasor nuclear.
O autor indica que, aquando das negociações dos anos oitenta, a África do Sul dá a entender que poderia, se não houvesse um acordo, utilizar uma arma nuclear contra Luanda. Não era uma ameaça vã. O regime sul-africano possuía, efectivamente, essa capacidade, com seis ogivas nucleares prontas a serem utilizadas.