Dyami não era rica como outras meninas da sua escola e por isso não tinha bonecas, daquelas cor-de-rosa que até mexiam os olhos. Um dia, das suas mãos começaram a sair bonecas de trapos coloridas que todos queriam porque, diziam, davam sorte e pareciam ter vida. Mas é que tem mesmo, tem muitas vidas, do tio alfaite, da tia dos panos, da minha avó, do meu avô e tem as nossas vidas todas como nós, o meu avô fala que antes os alunos não se sentavam em carteiras, mas em latas vazias, e as meninas não tinham bonecas. MANUEL RUI, ensaísta, cronista, dramaturgo, poeta, é igualmente o autor do Hino Nacional de Angola e de canções com parceiros como Rui Mingas, André Mingas; Paulo de Carvalho e Carlos do Carmo (Portugal), Martinho da Vila e Cláudio Jorge (Brasil). A sua magnífica vertente literária inclui uma vasta obra de textos de poesia e de ficção publicados desde 1967 até à presente data. É autor do primeiro livro de poesia e do primeiro livro de ficção publicados em Angola após a Independência. Galardoado com inúmeros prémios, recebeu o Prémio Caminho das Estrelas 1980, pela emblemática obra Quem Me Dera Ser Onda, já adaptada para televisão e teatro em Moçambique, Portugal e Angola, e agora publicada pela Mayamba Editora. Em 2003, renunciou ao Prémio Nacional de Cultura na área da Literatura pelo conjunto da sua obra. Os seus textos encontram-se traduzidos para umbundo, espanhol, francês, hebraico e mandarim.
Categoria | Publicadora | Nº Páginas | ISBN | Dimensão | Ano de Publicação |
Romance | Mayamba | 35 | 978-989-761-312-8 | 30x21 cm |
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