A Saúde do Morto constitui um grande exercício da recreação da tradição oral na escrita literária, tradição essa, que sobreviveu num contexto de modernização. A obra narra as aventuras de um personagem que deve a sua existência a um angolano real, que nasceu e viveu na cidade do Negage (Uíge). Quibabo, na vida real, fez existir deu lugar a João Kyomba neste fantástico romance. Activou o cérebro, que à semelhança de todos os demais por ali permaneciam incrivelmente subaproveitado e inexplorado, e levou-o até quase ao limite do seu potencial. A solução que um cérebro tipo zero quilómetros encontraria só podia ser genuína e radical: deixar-se morrer para ressuscitar livre! No dia seguinte de manhã, João Kyomba estava transformado num montículo de massa descomposta, misturada com ossos de rara coloração esverdeada e sangue escorrendo em círculo. Num canto a caveira em pose desafiante, sem parar de fervilhar nos orifícios da boca, dos olhos e do nariz, uma estranha pasta de cor cinza, a prova de que aquela não era uma morte sem mistério. O estranho embrulho feito com lona cor carregada que errava pelo matagal em plena madrugada era nada mais e nada menos que João Kyomba a caminho da sua sepultura, uma diligência que Soares Mulengo se dispunha a cumprir fossem quais fossem os obstáculos e as contrariedades.
Categoria | Publicadora | Nº Páginas | ISBN | Dimensão | Ano de Publicação |
Romance | Mayamba | 204 | 978-989-8528-64-3 | 15,5 x 23 cm |
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