Descrição
A economia de Angola é marcada desde final do século XV a meados do XIX pelo tráfico de escravos no âmbito do império colonial português do Atlântico Sul. Findo esse longo período, atravessou cerca de um século de estagnação, durante o qual acordos internacionais fixaram as fronteiras, implantou-se o trabalho forçado em substituição da escravatura e surgiu uma classe média local com importantes reivindicações de desenvolvimento.
Após a primeira Guerra Mundial, a exploração diamantífera iniciou a fase de extrativismo, que o sistema colonial já tinha tentado implementar na época de fundação de Luanda. A subida dos preços do café, a seguir ao grande conflito mundial, estimulou a sua produção em Angola, que chegou a ser o quarto exportador mundial. Nas décadas de 1950 e 1960, a produção de ferro e, sobretudo, de petróleo reforçaram a vertente mineira da economia angolana, característica mantida até hoje no que se refere ao petróleo e, em menor dimensão, diamantes.
A política económica pós independente assinala duas fases, em função do peso dos modelos de propriedade – mais estatal ou mais privado – e também em função do conflito armado, cuja conclusão em 2002 libertou mais recursos públicos.
A partir de 2009 Angola sentiu os efeitos da crise mundial revelada uma ano antes. Ao longo de todo tempo este percurso multi-secular, a economia angolana sofreu constantes pressões de violência decorrentes do extrativismo.
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