Descrição
Sou dos que acreditam que o desenho do futuro não é mais privilégio de uns quantos superdotados. Qualquer mente com o mínimo de sanidade que se exige para perceber os fenómenos da vida, compreenderá que a agressão do Homem ao Meio atingiu níveis de inconsciência que só nos podem conduzir ao colapso generalizado. Desvirtuámos a revolução industrial com a delapidação sem regras de recursos naturais e a busca doentia por conforto, fortuna e sucesso transformou a estirpe humana numa gigantesca massa com atitudes suicidas.
… No romance Silêncio na Aldeia, que foi escrito também para manter actual o debate existencial em torno da agressão ao Ambiente, contam-se perto de dez os rios que corriam em direcções paralelas e perpendiculares ao meu Tomessa e que simplesmente foram aniquilados pela assombrosa irresponsabilidade dos habitantes do mundo: Candombe, Canlungo, Calula, Camacôndio, Kinginga, Kalákua…
Dos “sem terra” aos “sem a Terra”
LUÍS FERNANDO nasceu no Uíge (Tomessa) em 1961. É jornalista desde os 17 anos de idade. Trabalhou por mais de uma década e meia na Rádio Nacional de Angola, ocupando na emissora pública vários cargos. Sucessivamente sub-chefe de Redacção, Re-Writer, correspondente em Havana e director de Informação. Durante 12 anos foi Director Geral do Jornal de Angola. Dirigiu o Semanário O PAÍS por cinco anos desde a sua fundação em 2008. Foi Administrador Executivo do grupo Media Nova, proprietário da TV Zimbo, Rádio Mais, EXAME Angola e O PAÍS. Como jornalista, Como jornalista, teve ainda colaboração dispersa por numerosos órgãos tanto no país como no estrangeiro (Jornal Desportivo Militar, revista O Golo. Agência Angola Press, TPA, O Diário – Portugal – e Deutsche Welle, Alemanha). Em 2009 foi admitido como membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) depois de dez anos a publicar com regularidade. Actualmente, ocupa o cargo de Secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e de Imprensa do Presidente da República.
Noventa Palavras é o seu primeiro livro e data de 1999. Escreveu outras obras, a saber: A Saúde do Morto, o seu romance mais célebre, traduzido em espanhol; Antes do Quarto; João Kiomba em Nova Iorque; Clandestinos no Paraíso; A Cidade e as Duas Órfãs Malditas; Um Ano de Vida, Dois Anos de Vida e Três Anos de Vida; Angola: Memórias da Transição Política de JES e JL – Volume I e II, Noticias do palácio, Quatro anos de Vida, Cinco anos de Vida, Seis anos de Vida, Sete anos de Vida, Nove anos de Vida, Um Padre no Hotel, Vozes na Pedra e Andanças.
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